Quando as pessoas falam em diminuir a maioridade penal para dezesseis anos e argumentam que os jovens de hoje não são como os da década de 40 (ano em que o código penal brasileiro fora criado) concordo, mas, não vejo a necessidade de alterar o CP por esse motivo.
Vejo depoimentos pessoais dolorosos de como “menores” assaltaram, infligiram, desrespeitaram, mataram seus entes queridos e nem sequer foram julgados, pelo fato de serem “menores”.
O fato de mudarmos o CP mudará a mentalidade do jovem?
As pessoas acreditam que se a lei da maioridade considerasse como maior o cidadão que tivesse dezesseis anos, essas pessoas não fariam mal a seus entes queridos, pensamento que as estatísticas desmentem.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de SP o “pico de violência incide no grupo de 20 aos 24 anos” desmistificando os argumentos de que a impunidade em pessoas menores incentiva a violência.
Acredito que o CP deve ser revisto, mas como um todo, pois é lógico que, se o criminoso foi capaz de cometer o crime, certamente ele é capaz de responder, quanto à questão da maioridade penal devemos deixá-la como está. Já alteramos a maioridade dos vinte e um para dezoito e agora queremos baixá-la para dezesseis, entrando em um ciclo vicioso de medidas paliativas, e tapando o sol com a peneira.
Enquanto não mudarmos de verdade o código inteiro, de ponta a ponta, com prisão perpétua para reincidentes com cumprimento mínimo de pena de 50% para qualquer tipo de progressão de pena, e uma sólida educação e empregos para as famílias. As mudanças eleitoreiras são conversa de botequim.
1 comentários:
... você nem pediu para eu ler antes de você publicar!!!!....
.... depois, sou eu que estou me afastando de você.
.... até.
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